
Juntamente com o filme do Homem Aranha no início dos anos 2000, X-Men foi um do filmes que definiu o futuro do cinema em relação às obras em
quadrinhos. Tanto um como o outro tiveram uma ótima continuação e um desfecho
com o terceiro filme no mínimo ruim, sendo obrigados a reiniciarem as franquias
com um reboot. No caso dos X-Men o reboot foi feito num
contexto original e interessante com X-Men – Primeira classe. Ficou uma
questão na mente dos nerds, seria um reboot ou apenas uma nova
trilogia contando o passado da equipe mutante? Muitas diferenças nos fizeram
acreditar que seria um reboot, ainda mais com novos filmes
do Wolverine
sendo lançados. A dúvida permaneceu até chegar aos cinemas à continuação de “Primeira
Classe”
– “X-Men
– Dias
de
um
futuro
esquecido”.
Meu primeiro contato com a trama foi com a adaptação animada do
começo da década de 90, com o saudoso desenho dos X-Men. Só anos depois fui
ler o HQ, mas já não teve o mesmo impacto. Na verdade nem o desenho e tampouco
o filme abordaram fidedignamente o HQ, mas que filme fez isso? (Eu respondo: Sin
City e 300 de Esparta são alguns). Na HQ a X-Man Lince
Negra
volta ao passado para alertar o X-men e tentar salvar o Senador
Kelly
de um assassinato pelas mãos de um mutante, no HQ era a mutante Sina,
mas no desenho e no filme torna-se a Mística. O assassinato do político
provocaria a autorização governamental para a construção dos Sentinelas,
que exterminariam a raça mutante e gerariam a segregação no futuro em que ela
veio.

Muitas são as diferenças com o filme. Tudo começa no futuro, uma
continuação da trilogia original, onde os gigantescos robôs Sentinelas procuram
os últimos mutantes sobreviventes, entre eles estão: Charles Xavier (Patrick Stewart),
Magneto (Ian McKellen), Lince Negra (Ellen Page) e Wolverine
(Hugh Jackman), dentre outros (que não foram lá bem utilizados como
poderiam, como o Homem de Gelo, Blink, Bishop e novamente Halle
Berry
como a Tempestade, a atriz não tem muita sorte com quadrinhos). A única
opção que a raça mutante tem para conseguir sobreviver e enviar a consciência de
Logan
para os anos 70 (há alguns motivos discutidos no filme para justificar a
escolha, mas logicamente o carisma do ator e personagem conta muito), para que
ele mesmo, naquela época, possa contatar o jovem Xavier(James
McAvoy)
e Magneto
(Michael
Fassbender)
e tentar impedir o futuro.
Alguns personagens são bem utilizados, outros nem tanto. O futuro
poderia render mais, mas o enredo na década de 70 está muito bom, até com surpresas
como a presença do narigudo Richard Nixon e uma nova explicação
para a morte de Kennedy. A participação de Mercúrio (Evan Peters de American
Horror
History)
é muito legal. Logicamente as estrelas são Wolverine, Mística e Magneto,
pois são interpretados por atores do momento, mas vale muito a pena conferir. O
filme é bom e conseguiu unir a trilogia original com os futuros filmes do X-
Men,
e esse ano terão a continuação. Alguns vão torcer o nariz devido ao fim do
filme e as reviravoltas, mas é um filme acima da média que merece ser visto e
também curtido por uma grande maioria.
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