
Em O Senhor dos Anéis o hobbit
Bilbo
Bolseiro
já é uma celebridade no Condado onde vive. O motivo de sua popularidade
se devia a uma aventura no passado que destoou do modo pacato e tranquilo que a
raça hobbit
leva no vilarejo, o tornando diferente e até infame pelos demais. Muito pouco é contado em o Senhor
dos
Anéis
sobre essa aventura do passado. Ficamos sabendo apenas que ele já era um grande
amigo do Mago Gandalf e que já guardava
secretamente o famoso Anel.
Em Hobbit, o mestre J.R.R.
Tolkin nos conta essa aventura. Bilbo era como os demais moradores
de seu povoado, vivendo tranquilamente em sua cabana, sem almejar nada de
diferente em sua vida. Como todos que conhecia, ele iria viver e morrer sem
nenhuma aspiração ou grandes acontecimentos para ser contados às gerações
futuras. Eis que surge um dia em sua porta o mago grandalhão Gandalf,
e após ele, uma comitiva de anões chefiada por Thorin, que invadem o
recinto. Estupefato Bilbo não entende o motivo de a reunião ser em seu lar, mas
após a cantoria dos anões revelando um plano de recuperar um vasto tesouro na Montanha
Solitária,
Galdalf
propõe à Bilbo que se junte a equipe e haja como o ladrão do tesouro.
Após ser ridicularizado pelos anões, o hobbit tenta provar seu valor se
juntando a equipe e partindo na primeira aventura de sua vida.

Como em O Senhor dos Anéis, as andanças de Bilbo
e os anões são recheadas de perigo. No mapa, encontrado pelo mago, eles devem
atravessar a Floresta Negra com suas aranhas gigantes, passar pela Montanha
Sombria
e seus perigos mortais, até chegar à Montanha Solitária, onde o enorme
tesouro dos anões está sendo guardado pelo poderoso dragão Smaug.
Em muitas passagens eles são deixados por Gandalf
para seguirem seus próprios caminhos, mas volta para salvá-los de perigos
futuros. Dentre suas aventuras, são sequestrados por orcs, rolam corredeiras
dentro de barris, são salvos por Bilbo em algumas vezes, encontram-se
com Elfos
e Trolls,
até chegarem à montanha onde seu oponente final espera. Um fato importante é
quando Bilbo, em determinada parte do livro, se perde dos demais e
acaba dando de cara com o famoso Anel e de quebra com seu antigo dono,
Gollun
(o nosso querido Smeagol). Em busca de seu “precioso” ele propõe um jogo de
charadas para Bilbo.

É de se estranhar que em toda a trama do Anel
não tenha um dragão, mas em o Hobbit a raça draconiana está bem
representada. Smaug é mau, inteligente e uma grande ameaça, não apenas para o
grupo de anões de Thorin, mas também para os elfos e povoados vizinhos, sempre
preocupados com o perigoso dragão.
A elogiada trilogia de “O Senhor dos Anéis” tinha
unostória longa que rendeu ótimos filmes (juntos ultrapassam mais de dez
horas de duração), mas em o Hobbit temos um bom livro que
renderia sim um ótimo filme para desfrutarmos, mas o peso da trilogia inicial e
a gana por bilheteria fez com que o estúdio exigisse três filmes em cima de um
único livro. Tarefa que o diretor inicial Guilherme Del Toro não aceitou
fazer. Ficou então para o respeitado diretor Peter Jackson
a tarefa de repetir em o Hobbit o que ele fez na saga do
anel, mas dá para perceber o quanto de enrolação foi inserido na trama, desde a
uma infinidade de personagens e romances que não tinha no livro. O que
fica no fim é o aprendizado de Bilbo que nunca mais seria o mesmo hobbit,
nem para ele e nem para nós.

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